quinta-feira, 27 de agosto de 2009
Canela em pau
História da especiaria
A canela é conhecida desde a antiguidade e foi tão valorizada que era considerada um item a ser presenteado a monarcas e outros dignitários.
É mencionada em Êxodo 30:23, quando Moisés ordenou o uso da canela doce/salgada (em hebraico קִנָּמוֹן qinnāmôn) e cássia, e nos Provébios 7:17-18, quando o leito nupcial é perfumado com mirra, aloe vera e canela. Também se encontra mencionada por Heródoto e outros escritores clássicos.
No início do século XVI era trazida por comerciantes portugueses diretamente do Ceilão (atual Sri Lanka, no sul da Ásia), chegando um quilograma a valer dez gramas de ouro. O comércio português no Oriente foi perdido progressivamente para a Companhia das Índias Orientais, holandesa, que se assenhoreou dos entrepostos portugueses na região a partir de 1638. As margens da ilha estão repletas dessa planta, relatou um capitão holandês, e é a melhor de todo o oriente: quando uma pessoa está no litoral, pode-se sentir o aroma a oito léguas de distância.
A melhor canela vem do Sri Lanka, porém há cultivos da planta em Tellicherry em Java, Sumatra, Caraíbas, Brasil, Vietname, Madagascar, e Egipto. A canela do Sri Lanka possui qualidade fina e tronco macio, com cor marrom amarelado, forte fragrância, gosto levemente adocicado, quente e agradável paladar aromático. Seu paladar é devido a um óleo aromático que contém cerca de 0,5 a 1% de perfume. Esse óleo essencial, como artigo comercial, é preparado retirando-se parte da casca do tronco, macerando-a em água do mar e rapidamente destilado. Possui uma coloração amarelo-dourada, com peculiar aroma de canela e paladar quente aromático. Consiste essencialmente de aldeído cinâmico e a absorção do oxigénio com o passar do tempo deixa-o mais escuro, desenvolvendo um composto em resina.
Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Canela